Existência Ética
Senso Moral:
é a maneira pela qual avaliamos nossa situação e a de nossos semelhantes
segundo ideias como os de justiça e injustiça, ou seja, avaliamos nosso
comportamento segundo ideias de certo e errado. Avaliamos ainda a conduta dos
outros segundo ideias de mérito e grandeza da alma. Ex.: quem são nossos
modelos? Em quem nos inspiramos? Como é seu comportamento?
Consciência Moral: Exigência
de decidir o que fazer sem qualquer imposição alheia, exigência de justificar
nossos atos para nós e para os outros as razões de nossas decisões assumindo
suas consequências.
Atenção: Só pode haver consciência moral
quando o sujeito age de forma livre, sem ser pressionado.
Avaliações
de conduta que nos levam a tomar decisões por nós mesmos, agir em conformidade
com elas e responder por elas perante os outros.
Nível
de consciência.
Tanto
senso Moral quanto consciência moral referem-se a valores: justiça, honradez,
espírito de sacrifício, integridade, generosidade. Sentimentos provocados pelos
valores: admiração, vergonha, culpa, remorso, contentamento, cólera, amor,
dúvida, medo. Conteúdos que conduzem a ações para nós e para os outros.
Embora
os conteúdos dos valores variem estão sempre relacionados ou subentendidos ao bem e ou ao mal.
Os
sentimentos e as ações, nascidos da escolha entre o bem e o mal estão ligados
ao desejo de afastar a dor e o sofrimento e alcançar a felicidade. Contentes
conosco e aprovação dos outros.
Ações
Morais dependem apenas de nós (Só pode haver consciência moral quando o sujeito
age de forma livre, sem ser pressionado) nascem de nossa capacidade de avaliar
e decidir por nós mesmos. Tem como fundamento básico a liberdade do agente.
Estão
associados a nossa existência intersubjetiva, ou seja, nossas relações com outros
sujeitos morais.
Juízo de Fato: dizem
o que é; como é; e por que é. Ex. hoje está chovendo.
Juízo de Valor: Avaliam
as coisas, pessoas, ações, experiências, acontecimentos, sentimentos. Refere-se
ao que algo deve ser. Portanto são juízos que pensam de acordo com a cultura.
Normativos:
anunciam normas de como devem ser os bons sentimentos, as boas intenções e as
boas ações e como elas devem ser livres. Determinam o dever ser de nossos atos
e sentimentos. Juízos que anunciam obrigações e avaliam intenções segundo
critério do correto e do incorreto.
Cuidado:
fatores culturais nem sempre são percebidos porque vivemos neles e os
naturalizamos, mas escondem a essência da ética: ela é uma criação
histórico-cultural. Moral = costume.
Portanto
os hábitos constituídos por uma sociedade em condições históricas determinadas.
Ética e Violência.
Violência:
violação da integridade física, psíquica, dignidade humana de alguém ou grupo.
Profanação do que é sagrado. Discriminação social, política, sexual. Está nesse
campo aquilo que entendemos como o mal, crime, vício.
Simultaneamente
erguem-se valores positivos – o bem, o mérito, a virtude como barreiras conta a
violência.
Características
de nossa condição de humanos esta no fato de sermos racionais, dotados de
vontade livre, capacidade para comunicação, vida em sociedade, interagir com a
natureza, com o tempo, portanto, sujeitos do conhecimento e da ação. Temos a
capacidade de localizar a violência em tudo que reduz o sujeito a objeto.
Do
ponto de vista da ética somos Pessoas. Não podemos ser tratados como coisas,
irracionais, destituídos de linguagem e liberdade.
Os
valores éticos se oferecem como garantia e expressão de nossa condição de seres
humanos, sujeitos racionais e agentes livres, sendo a violência moralmente proibida.
A
ética é normativa, pois ela permite, pela moral distinguirmos entre o permitido
e o proibido, impondo limites e controle ao risco permanente da violência.
Constituintes do campo ético.
Conduta ética:
agente consciente. Aquele que conhece a diferença entre bem e mal, certo e errado,
permitido e proibido, virtude e vício.
Consciência moral:
reconhecer diferenças e ser capaz de julgar o valor dos atos e condutas agindo
de acordo com os valores morais.
Consciência e responsabilidade: indispensáveis
da vida ética.
Como
se manifesta a consciência moral.
1. Escolher
diante de alternativas possíveis, escolhendo por uma delas.
2. Capacidade
para avaliar e pesar as motivações pessoais.
3. Consequência
para si e para os outros.
4. Conformidade entre meios e fins.
5. Obrigação
de respeitar o estabelecido ou de transgredi-lo (se o estabelecido for injusto
ou imoral)
6. Vontade
é poder deliberativo e decisório. Para agir sobre o sujeito moral a vontade
deve ser livre, não estar submetida á vontade de outro nem submetida aos
instintos e às paixões.
7. Paixão: todo desejo, emoção, sentimentos causados em nós por uma força irracional
interna ou externa que nos domina. Nela não somos nós mesmos. Ex. Alegria,
tristeza, amor, ódio, medo, esperança, cólera, inveja, avareza, orgulho.
8. O
campo ético é constituído pelos valores e pelas obrigações que formam o
conteúdo das condutas morais = virtudes. Realizadas pelo sujeito moral
constituinte da existência ética.
O
agente moral
Este
só existe se preencher algumas condições.
1. Ser
consciente de si e dos outros, somos iguais;
2. Dotado
de vontade, capacidade de controlar desejos, impulsos, tendências, sentimentos,
escolher entre várias alternativas possíveis;
3. Ser
responsável, reconhecer como autor da ação, avaliar efeitos e consequências
sobre si e os outros;
4. Ser
livre, não estar sobre influencias externa que o constranja.
Do
ponto de vista do agente moral ou ético, essa faz um exigência fundamental:
diferenciar passividade = aquele que se deixa governar por impulsos,
inclinações, circunstâncias, pela boa ou má sorte, opinião alheia, medo dos
outros, vontade de um outro.
Ativo:
exercendo sua própria consciência, vontade, liberdade e responsabilidade.
Controla-se
Fonte: CHAUI, Marilena. Iniciação à Filosofia: ensino médio, volume único. São Paulo. Editora: Ática, 2010.
Fonte: CHAUI, Marilena. Iniciação à Filosofia: ensino médio, volume único. São Paulo. Editora: Ática, 2010.
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