O Programa Institucional de Bolsa
de Iniciação a Docência teve início na Universidade Federal da Fronteira Sul em
julho de 2011, abrangendo diversos cursos de todos campis, inclusive o curso de
Filosofia do Campus Chapecó. Nesse mês o PIBID completa um ano e já podemos
relatar aqui um pouco sobre trabalho desenvolvido, bem como a respeito de sua
contribuição na formação acadêmica e na escola onde atua. No curso de
Filosofia, foram selecionados 6 bolsistas para participar do projeto, um
supervisor de uma escola da rede estadual e o coordenador. Desde o início, o
PIBID foi reconhecido pela sua grande importância na formação do acadêmico,
especialmente no que diz respeito à inserção do mesmo na prática pedagógica,
permitindo que concomitantemente ao processo de formação, ele já tenha um
contato com o trabalho docente enfrentando aos poucos o desafio da escola e da
sala de aula.
Deste modo, desde o inicio do projeto foi se pensando em como
fazer com que esse acadêmico, que ainda não teve contato com uma sala de aula e
com a realidade da escola, fosse visualizando e aprendendo sobre o que é e como
se configura o trabalho docente. Nesta perspectiva, no PIBID de filosofia, as
atividades não começaram com um contato direto e presencial com a sala de aula
de imediato, mas sim com trabalhos que visaram conhecer a perceptiva teórica da
educação e do ensino da filosofia. Desta forma, iniciamos primeiramente fazendo
uma leitura da Proposta Curricular do ensino da filosofia em Santa Catarina,
fazendo uma leitura do plano Nacional da Educação, através do qual pudemos
responder as seguintes perguntas: Qual o objetivo de ensinar Filosofia?, Quais
conteúdos são ensinados?, ou seja o que a por trás de toda prática exercida na
escola e o que em tese é proposto para o ensino da filosofia.
Enquanto estudávamos um pouco do
objetivo do ensino da filosofia, em termos educacionais e pedagógicos,
procuramos analisar a escola, observando os recursos que a escola ofertava para
o ensino, conhecendo então os diversos setores da escola, os profissionais
pedagógicos e o principal, paramos para analisar a biblioteca e o material que
ela ofertava, bem como o próprio livro didático de Filosofia. Essas observações
e estudos nos ajudaram a entender a realidade da escola, o comportamento dos
alunos, as dificuldades que o profissional encontra e entre outras coisas que
possivelmente iremos lidar no futuro. Em todo esse período nunca deixamos de
fazer estudos dos livros clássicos da filosofia, em nível acadêmico, mas sempre
refletido em como ensinar esse conteúdo aos alunos.
Atualmente continuamos com as
atividades, agora sim tendo um contato mais direto e prático com a sala de aula
e o ensino. Se fosse possível falar em resultados do PIBID para o acadêmico e
para a escola no momento, poder-se-ia dizer que enquanto acadêmicos, o programa
está fazendo com que desde cedo estamos tendo um contato com o trabalho do
docente, com o ensino da filosofia (como ele é na teoria e como ele se
apresenta na prática),fazendo com que antes mesmo de ir para o estágio já tenhamos
um grande experiência em torno do que é o trabalho docente, como ele acontece,
e como o ensino da filosofia vem se desenvolvendo. Enquanto a atuação do
programa em uma rede estadual de ensino, é possível perceber que é uma novidade
tanto para o aluno, quanto para a escola, e que não só os acadêmicos estão
aprendendo com a escola, mas o próprio aluno e professor, pois, através do
programa, propiciamos novas atividades e também dialogamos sobre essa difusão
entre a academia e a escola, instigando o aluno do ensino médio a continuar com
seus estudos na Universidade posteriormente e também nos instigando a aprender
cada vez mais.